Belo Horizonte / MG - quinta-feira, 28 de março de 2024

Cirurgia de Hérnia

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O que são Hérnias?
 
Hérnias são defeitos da parede abdominal, por onde podem penetrar vísceras como alças intestinais, tecido gorduroso ou outros órgãos. Por isso, o tratamento é sempre cirúrgico.
 
A hérnia geralmente é percebida como um abaulamento ou saliência, mais comum nas regiões da virilha, umbilical, epigástrica, ou em cicatrizes de operações anteriores. Isto pode ocasionar diferentes graus de desconforto e dor, em geral cólica, enquanto a hérnia aumenta e, eventualmente, pode causar uma situação de risco em que o intestino sofre encarceramento ou mesmo estrangulamento, necessitando neste caso tratamento de emergência.
 
As hérnias mais comuns são as inguinais (região da virilha) e as umbilicais (umbigo).
 
A hérnia inguinal é uma doença bastante comum, sendo mais freqüente no sexo masculino do que no feminino. Qualquer pessoa pode ter hérnia inguinal, mas algumas têm maior propensão de adquiri-las. Assim, é mais freqüente em trabalhadores braçais e em pessoas que têm algumas doenças como constipação intestinal crônica, obesidade, tabagismo, doenças da próstata (pois precisam fazer muito esforço para urinar) e tosse crônica. Estas doenças geralmente aumentam a pressão intra-abdominal facilitando a ocorrência das hérnias.
 
Por que ocorre a hérnia inguinal?
 
Algumas pessoas nascem com defeito (congênito), em que existe uma fraqueza em vários pontos da região inguinal. Algumas condições adquiridas ao longo da nossa vida também podem enfraquecer a parede abdominal na região inguinal e assim facilitar o aparecimento das hérnias.
As pessoas que têm hérnia inguinal são geralmente capazes de observar uma saliência ou abaulamento na região inguinal (virilha) de um ou dos dois lados. Esta saliência fica embaixo da pele e se torna mais evidente quando a pessoa tosse, carrega peso ou faz esforço físico excessivo.
 
Tratamento
 
Em se tratando de uma hérnia inguinal, a única forma é por meio de cirurgia. Esta operação é muito simples, desde que o paciente não apresente outras doenças que não tratadas podem contra indicar o procedimento. O procedimento é realizado através de um pequeno corte sob anestesia local ou peridural. A hérnia é empurrada para dentro do abdômen (barriga) e a abertura (buraco ou fraqueza) da parede abdominal é fechada com uma tela bastante resistente.
 
Outro método de correção da hérnia inguinal é através da videolaparoscopia, que é considerada uma técnica minimamente invasiva, que tem a grande vantagem de ocasionar pouca dor no pós-operatório, ausência de incisões convencionais e um retorno rápido as atividades laborais. Temos utilizado esta técnica em casos especiais, como por exemplo, nas recidivas.
 
Complicações
 
Apesar do resultado do tratamento cirúrgico ser excelente, alguns pacientes podem ter complicações, como em qualquer outro procedimento cirúrgico. As complicações são raras, sendo as mais comuns os seromas, hematomas (coleção de sangue), infecção local e risco anestésico, em pacientes portadores de doenças graves associadas.
 
 
Perguntas mais freqüentes:
 
Tenho mesmo que operar?
 
Como a hérnia é um defeito na parede, não há outra forma de correção sem a cirurgia. Medicamentos servem somente para aliviar os sintomas. Quanto mais tempo o paciente permanecer com a hérnia mais difícil será a cirurgia e maior será o risco de complicações decorrentes das hérnias. A utilização de outros métodos, como o uso de "fundas", cintas, repouso e restrição física, é desaconselhável e são medidas apenas paliativas, temporárias e que aumentam os riscos de complicações no longo prazo.
 
Não tem problema ficar com a tela?
 
Não. As telas mais usadas são as feitas de polipropileno, um material confiável que não provoca alergias. Ela permanece pelo resto da vida no local e são responsáveis pelo reforço na região defeituosa.
 
A hérnia pode voltar?
 
Pode, mas é raro acontecer. Antes do uso das telas as taxas de recidivas (retorno da hérnia) eram mais altas. Com o uso das telas, as chances de retorno diminuíram.
 
Como é o pós-operatório?
 
Logo após a operação, o paciente retorna ao seu quarto, recebendo medicação analgésica e com total controle da dor. Poucas horas depois, ele deve se sentar e levantar do leito, podendo ir ao banheiro, por exemplo.  No mesmo dia, ou no seguinte, receberá alta do hospital com todas as informações necessárias.
Não deverá realizar atividades que exijam esforço físico nos primeiros 7-10 dias de pós-operatório, como dirigir automóveis, carregar peso acima de 5 kg ou praticar esportes. O objetivo destes cuidados é dar tempo para que as diversas camadas cicatrizem adequadamente e a tela possa se aderir firmemente a elas, diminuindo o risco de retorno de hérnia.
Após uma semana, deverá ir ao consultório para revisão cirúrgica. Normalmente não se faz necessária a retirada de pontos, pois os fios usados são absorvíveis.